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Carvoeirinhos

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Carvoeirinhos

Data e Horário

09/08/2025 - 31/08/2025

16:00 às 16:00

Localização

Avenida Santos Dumont 1770, Santana, São Paulo - SP

Site do Evento

www.sympla.com.br

Redes Sociais do Evento

Descrição do Evento

CARVOEIRINHOS”, de Roger Mello, é uma peça concebida para crianças, a partir do livro homônimo, editado pela Companhia das Letras em 2009. A peça, fruto da parceria entre Cássio Brasil e Roger Mello, aborda temáticas importantes e contemporâneas relacionadas ao universo do trabalho análogo à escravidão e ao trabalho infantil, frutos da profunda desigualdade social da nossa sociedade.
A experiência de abordar temas reflexivos, normalmente não apresentados ao público infantil, mas que valorizam o saber, a inteligência e as capacidades das crianças, é uma constante no trabalho de Cassio Brasil-. Isso pode ser notado nos espetáculo anterior "O Sapateiro Ruço", que cumpriu temporada bem-sucedida no Sesc Ipiranga.
Em Carvoeirinhos, Roger Mello narra o trabalho de dois meninos a partir da visão insólita de um marimbondo. Enquanto o marimbondo cuida do seu ovo dentro do casulo, o menino cuida dos fornos onde a lenha vai virar carvão. A poesia traça o paralelo entre os dois: no dia a dia e narra a luta pela sobrevivência de um, procurando comida e do outro se escondendo da fiscalização. E, escondido no caminhão, o menino conhece a siderúrgica que alimenta incessantemente.
 O menino da história não tem nome, é representado apenas por trabalho e sonhos: enquanto seu corpo está ali, carregando lenha, encaixando tijolos, domando o fogo, sua mente voa longe, com asas de marimbondo, feitas de arame e papel de seda.
Neste, como nos projetos anteriores, todos os elementos da encenação (dramaturgia, atuação, cenografia, figurino, música, iluminação) resultam de um processo de pesquisa e experimentação na sala de ensaio, sendo criados de forma coletiva, colaborativa e independente.
A cenografia, inspirada nas ilustrações de Roger Mello para o livro, utiliza a cor preta do carvão para formar uma área cênica onde as personagens vão surgindo em uma exuberância de cor, formas e texturas. Os figurinos trazem a volumetria, as transparências e o metálico das couraças e das asas dos insetos
Sobre o diretor e a personagem vale lembrar que:
"O espetáculo, concebido e dirigido por Cássio Brasil, é um exemplo raro quando comparado ao grosso das produções de censura livre. Refinamento estético, temática inusitada e uma abordagem realista. Como é bom que as crianças também possam ter acesso a tudo isso, entendendo desde cedo o alcance ilimitado da linguagem cênica, para além do maniqueísmo de fadas e bruxas..."
Dib Carneiro Neto, sobre “O Sapateiro Ruço”
SINOPSE. Um marimbondo observa duas crianças em uma carvoaria, vítimas de trabalho infantil, se solidariza com essas figuras e vai estabelecendo um raciocínio crítico e questionador sobre suas vidas laboriosas, tudo isso com muito humor, crítica e muitas aventuras.
Ao mesmo tempo que o marimbondo relata suas próprias experiências, ele observa também o cotidiano do menino: o árduo trabalho de fazer os fornos, suas conversas com outro menino e a necessidade de escapar dos fiscais.
"A casa do menino não é uma só. [...] É uma casa onde se põe lenha para lenha pegar fogo e depois virar carvão. A casa do menino não é dele, não foi ele quem fez. É a casa do fogo."
As expressivas ilustrações do autor captam com sensibilidade e força a vida dura e cinzenta desses pequenos trabalhadores.
Ficha tecnica                                                                                                                                                   
texto: Roger Mello  
direção,cenários e figurinos: Cássio Brasil
elenco: Ruth Melchior, Rafael Fredericoe Gabriel Frederico
desenho de luz: Ale Muniz
operação: Rafael Frederico
Trilha sonora :  Felipe Antunes 
operação de som: Gabriel Frederico
costureiros: Alipio Gomes e Tiago Nohara
serralheria: Rodolfo da Silva França
direção de cena e marcenaria: Murillo Carraro
fotos e vídeos: Annick Matalon 
projeto gráfico: Lucas Trabachini (à partir das ilustrações originais de Roger Mello)
Produção: Cassio Brasil e Nélio Teodoro
produção executiva: Nélio Teodoro
Roger Mello
Escritor e ilustrador brasiliense, nasceu em 1965. Recebeu o prêmio suíço Espace-enfants em 2002 e, no mesmo ano, foi vencedor do prêmio Jabuti nas categorias literatura infanto-juvenil e ilustração com Meninos do Mangue. Com vários trabalhos premiados, tornou-se hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Por sua obra como ilustrador, foi indicado para a edição de 2010 do prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infanto-juvenil.
Cássio Brasil
Em seu trabalho de criação de figurinos e cenários, destacou-se como um dos mais expressivos profissionais dessas áreas. Carvoeirinhos será sua quarta incursão pela direção, após O Sapateiro Ruço (inspirado num conto de Tchekhov), Memórias do Subsolo (de Dostoiévski) e O Aquário (de Cornélia Duprex). Trabalhou com Jô Soares e Bete Coelho como assistente de direção. Foi indicado ao Prêmio Carlos Gomes e nomeado ao Prêmio Robert da Academia Dinamarquesa de Cinema. Foi premiado com o Shell e o Grande Otelo (Academia Brasileira de Cinema). Trabalha nas principais casas de espetáculos e com os mais respeitados diretores e companhias de teatro, dança, ópera e cinema. Entre seus principais trabalhos estão Linha de Passe (de Walter Salles e Daniela Thomas), Hamlet (com Thiago Lacerda, direção Ron Daniels), Ricardo III (com Marco Ricca, Denise Fraga e Glória Menezes, direção Jô Soares), Patrão Cordial (direção Sérgio de Carvalho) e O Café, ópera de Mário de Andrade (direção Sérgio Carvalho).
Felipe Antunes 
Cantor, músico e compositor indicado ao Grammy Latino com sua banda Vitrola Sintética como: Melhor Artista Revelação e Engenharia de Gravação (2015); e Melhor Canção Alternativa (2016). Com a Vitrola já teve parcerias musicais como Paulo Miklos, Josyara, Roberto Mendes, Mauricio Pereira, Manoel Cordeiro, Marilina Bertoldi (Argentina) e Bárbara Eugênia. Em carreira solo lançou "Embarcação" (2025), com produção de Fabio Sá e participação de Salloma Salomão na música tema - o álbum caminha pelos universos do Soul, do Blues, do Samba e outros ritmos e experimentações em diálogo com a MPB; "Visão Noturna" (2020), projeto multilinguagem com Nástio Mosquito (Angola) que, além do álbum, traz um breve romance - na forma de livro -, e uma zine digital; "Cru" (2018) - gravado em Portugal com o violoncelista holandês Tjalle Rens e participações do rapper Xis, Lenna Bahule (Moçambique), Nástio, Oswaldo de Camargo e Kika; e "Lâmina" (2016) - participações de Ná Ozzetti, Hélio Flanders, Enzo Banzo, Juliana Perdigão e Bocato. Lançou, em 2021, com Tulipa Ruiz e Fabio Sá, o single "Água-Viva". Também é diretor musical (indicado ao Prêmio Shell de Teatro 2019 como Música) de “Mãe Coragem”, com Bete Coelho e dirigida por Daniela Thomas, "Medeia" (2021), "Gaivota" (2022), "Ana Lívia" (2023) e "Petra" (2024/25), todas com a CIABR116, de Bete, além de "A Anfitriã", de Jackeline Stefanski Bernardes, "Codinome Madame", do Núcleo Alvenaria, e "A Morta", de Oswald de Andrade, dirigida por Cacá Toledo. 
Ruth Melchior 
Integrante da Cia Antropofágica desde 2001.Atuou nos espetáculos “ Macunaíma no País do Rei da Vela”, “Prometeu Estudo n 1.1”, "Os Náufragos da Rua Constança: homo capitas no sapiens", "Trilogia Terror e Miséria no Novo Mundo”, “MAHAGONNY, MARRAGONI - Suíte Antropofágica nº 1 mutato nomine de the fabula narrator”, “Kabaré Antropofágico”, “Desterrados - UR EX DES MACHINE” e “Vyridiana dos Desafortunados”, Opus X, E.M.E.R.G.Ê.N.C.I.A e hoje atua em seu primeiro solo “Autorretrato com Frida(Z) e Flores ou Garatujas de uma Mãe Atípica.
No universo infantil atuou no “Bombom o Lobinho Mau” com texto e direção de Toni Giusti,  “Rua Florada, Sem Saída” direção de Dani Giampietro com a Cia Casa da Tia Siré e pelo Núcleo Mala e Cuia desde de 2004, apresentou em bibliotecas públicas e em projetos do SESCs na capital e interior.
No cinema atuou nos “Providência Divina” Direção de Bruno Bochã, “Cerol” direção de Bruno Mello Castanho que participou do XI Festival Internacional de Cinema de Brasília “Coice no Peito” direção de Renan Rovida, “Jovens” direção de Thiago Mendonça e “Sem Raíz” direção de Renan Rovida.
Rafael Frederico 
Ator, artista visual , iluminador e designer .
Formado pelo Núcleo Py, da Companhia Antropofágica e integra  o grupo desde 2011, exercendo funções diversas em muitos espetáculos . Atualmente integra a Companhia Estudo de Cena como artista visual e operador técnico. Formado Artista Visual e Professor pelo Instituto de Artes da UNESP, atua também como  arte educador.

Organizador

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Membro desde 01/08/2025