Duas crianças, duas culturas e um único quintal: a faixa e Gaza. 
Um campo minado. Duas crianças em lados opostos descobrindo o quanto são iguais. 
Fátima, uma menina palestina, e Yonatan, menino judeu, disputam o espaço em que costumam brincar, numa analogia à guerra de seus povos. Enquanto brincam de escutar o silêncio, compreendem as diferenças e descobrem semelhanças, abandonando as armas, as pedras e criando laços que vão além da terra pela qual tanto brigam, à semelhança dos adultos. O texto sensível traz, de maneira delicada e poética, a dificuldade de aceitar e compreender as diferenças. O espetáculo propõe uma viagem pelo universo vivido pelos personagens, mas lança um objetivo maior, ultrapassando as fronteiras territoriais e provocando uma reflexão sobre os relacionamentos humanos como um todo.
 E tudo isso cenicamente bem sedimentado por boas escolhas de trilha e marcante iluminação. A dor de um final infeliz também cabe no teatro de censura livre, por que não? A boa dramaturgia de Antonio Rogério Toscano ganha apurada direção do casal 
Drika Vieira e Carlinhos Rodrigues, conhecidos por conduzirem com muito sucesso a Cia. Casa Amarela, de Catanduva.
Texto:
 Antônio Rogério Toscano
Direção:
 Drika Vieira e Carlinhos Rodrigues (Cia Casa Amarela)
Elenco:
 Cibele Sampaio e Luiz Thiago Motta
Cenografia:
 Drika Vieira e Carlinhos Rodrigues
Iluminação:
 Guido Caratori
Figurinos:
 Drica Vieira e Cibele Sampaio
Sonoplastia:
 Dré Guines
Maquiagem
: Cibele Sampaio
Produção:
 Cia Girasonhos
Duração:
60 min
Classificação indicativa:
Livre